Falando em Bruxas

Uploaded with ImageShack.us

Quem tem medo de Fantasmas

Uploaded with ImageShack.us

No fundo do Mar

Uploaded with ImageShack.us

Papai do Céu

Uploaded with ImageShack.us

Este Tal Ratinho

Uploaded with ImageShack.us

sábado, 13 de novembro de 2010

O Ratinho Esperto - Silvia Giovatto





Ratinho, o que você está fazendo aí,
brincando de Papai Noel... ou
se escondendo por alguma safadeza que aprontou?
Espero que seja a primeira opção
ou vai sobrar vassourada pra você.
Estou te achando muito ofegante,
vou verificar se mexeu na dispensa
ou se roeu o chinelo da Hortência...
Acho mesmo que vou é quebrar o seu galho,
te tirar desse sufoco...
botar mais queijo na dispensa...e
pra Hortência, comprar um chinelo novo.
O que você acha?
Concorda comigo... ou quer continuar
vivendo em perigo, brincando de Papai Noel?
A escolha é sua!









Faffi - Silvia Giovatto
Obrigada pela linda contribuição.

O Coral dos Pinguins - Jorge Linhaça





Lá na terra tão gelada
Vivia só, um esquimó
Numa área isolada
Tão longe que dava dó

O natal ia chegando
E ele se entristecia
Passava os dias cantando
Sempre a mesma melodia

Já estava conformado
Com a sua solidão
Mas estava enganado
Na sua suposição

Veio a noite de natal
E a surpresa aconteceu
Pois um canto de coral
Sua alma enterneceu

O esquimó aturdido
Sorriu alegre enfim
Ao ver que aquele ruído
Era um coral de pinguins

De tanto ouvir a canção
Os pinguins se organizaram
E c'oa sua emoção
A ele presentearam

Um natal especial
Teve aquele esquimó
Ao saber que afinal
Não estava ali tão só.












Jorge Linhaça
Conheça o Mundo Encantado de Jorge Linhaça.
Link em espaço especial do blog.


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Gorjuss







Aproxima-se o Natal e com ele toda a magia que envolve os povos.
Como é lindo este tempo em que as pessoas,
irmanadas por um mesmo sentimento,
promovem festas e comemorações.
Gorjuss é uma bonequinha muito querida,
cheia de amiguinhos.
Ela ama a natureza e, como todas as outras bonequinhas,
quer comemorar o natal.
Mas... reparem-na... Viram? Ela não tem boquinha.
Isto mesmo! Porque será?
Será se foi a neve que caiu e descorou sua boquinha?
Não sei amiguinhos.
O que eu sei é que ela não se importa e, mesmo sem boquinha,
ela vive a sua vida e consegue ser feliz.
Na noite de natal ela se enfeitou toda, vestiu uma roupa nova,
calçou uma bota para aquecer os pezinhos, pegou sua sobrinha,
também pegou os presentes e se colocou à porta,
esperando que seus amigos a viessem buscar.
Olha quem vai acompanhá-la - ele mesmo, o Bonequinho de Neve.
Viram como ele está sorridente?
Mais cedo Gorjuss fez uma linda árvore de natal, de neve.
Enfeitou-a com bolinhas e, vejam como ficou linda.
Gorjuss é uma bonequinha muito feliz e espero que vocês gostem dela.
Hoje, eu apenas quis apresentá-la a vocês, mas no decorrer de todas as comemorações eu e ela viremos para contar-lhes nossas histórias.
Gorjuss já está vendo o carro que vem buscá-la.
Um dia ela nos contará onde foi passar este natal.
Feliz Natal, Bonequinho de Neve.
Feliz Natal, bonequinha Gorjuss.
Feliz Natal, amiguinhos queridos.

ET - recebi um e-mail da Gorjuss. Contou-me uma aventura fan-tás-ti-ca
Aguardem a próxima história.
Beijos.






Cida Valadares
http://www.arte.poesia.nom.br/
Direitos Preservados

A Sereia Triste



Vivia no mar uma linda sereia.
Ao nascer sua mamãe não resistiu e a deixou.
O mar e todos os habitantes das águas a criaram.
Tinha os cabelos longos que o mar lavava usando as algas mais puras para torná-los mais bonitos, ainda.
Tudo que continha no mar, ele ofertava aquela pequena sereia no intuito, apenas, de fazê-la feliz.
Eram as mais lindas conchinhas, os cavalos marinhos, os polvos que, com seus tentáculos arquitetavam acrobacias para fazê-la sorrir.
Mas a pequena sereia não sorria. Não aceitava que sua mamãe não estivesse mais com ela.
Ela sempre ouvira falar do Natal e de todos os personagens que recheiam as mentes infantis: o papai noel, os trenós , e no grande dono de toda esta festa: O Menino Jesus.
Ela sabia que era uma noite diferente e que muitos pedidos eram enviados ao Papai Noel mas que, na verdade, O Menino Jesus é que nos ouvia e nos atendia.
Um dia houve uma grande tempestade no mar.
As conchas foram arrastadas, os cavalos marinhos, as ostras, tudo e todos se foram.
Os colares de conchinhas coloridas arrebentaram-se e se espalharam por todo fundo do mar.
A pequena Sereia chorou. Copiosamente ela chorou.
Num momento em que o mar levantou uma onda bem gigante a pequena Sereia pode ver o céu.
Pode ver o pontilhado das estrelas que já nasciam.
Pode sentir o frio a bater-lhe e a emaranhar-lhe os cabelos já tão despenteados.
De repente, veio-lhe à memória as histórias que suas mamães adotivas lhe contavam.
Chorou, copiosamente, no fundo do mar, quase envolta pelos redemoinhos que as ondas faziam.
Lembrou-se de que devemos ser agradecidos a tudo e a todos que nos cuidam e nos amam e que devemos expressar com o que de mais espontâneo Deus nos deu - o nosso sorriso.
Num gesto, quase vital, abriu os braços para a noite e abriu os braços para o mar.
Sorriu as estrelas e beijou as ondas reconhecendo que sozinha ela não teria chegado onde chegou.
Novamente eis que o céu se abre e esparrama a noite.
Ouviu que cantavam - Noite Feliz. Lembrou-se , então, de que era noite de natal.
Enviou ao céu seu pedido de Natal.
Queria viver, queria as mamães que tão carinhosamente a criaram, de volta... E, queria, também, todos os
carinhos do mar.
Como que por encanto a tempestade se acalmou e um canto leve, bem dolente se fazia ouvir.
As mamães sereias a procuravam e cada uma cantava o que de mais bonito sabia desejando que aquele canto significasse o mais belo apelo de amor.
De repente, braços se abriram para abrigar e serem abrigados.
A pequena Sereia sorriu de felicidade e reconhecimento quando as viu..
A pequena sereia triste seria agora a seria mais feliz...que se pode imaginar!
Sorrindo foi que ela dormiu, ao som de um acalanto que agora ela entendia muito bem:

"Bate o sino pequenino, sino de Belém
Já nasceu Deus Menino para o nosso bem.
Hoje a noite é bela..."















Cida Valadares
www.arte.poesia.nom.br
Direitos Preservados

Joaninha Coração





Em casa da minha amiguinha, a bonequinha Gorjuss, existe um lindo jardim.
As rosas, de diversos tons, são realmente belas.
As Dálias, Copos-de-leite, Palmas, Miosótis, Violetas,
tudo nasce naquele encantado jardim.
Eu já apresentei a Gorjuss, a vocês?
Não? Não me digam.
Mas, podem esperar por ela que eu a trarei e vocês a conhecerão.
Gorjuss é uma bonequinha diferente.
Sabe quem a apresentou a mim? Foi a Selena Rumiel.
Selena é uma amiga que ama a Gorjuss e vive me
mandando esta bonequinha diferente.
Mas vamos à nossa historinha.
O jardim da Gorjuss é mesmo especial e ela entende da
linguagem dos bichinhos e das flores.
Todos os bichinhos vem, sempre visitá-la em seu jardim e, muitas vezes,
voltam em companhia a Gorjuss, para a floresta.
É uma floresta encantada.
Lá vivem, todos os animaizinhos, as árvores,
as clareiras com seus arbustos crivados de folhas
sempre sedosas e cheias de flores.
Lá existem rios caudalosos , riachos e pequenos lagos cujas águas,
de tão transparentes, parecem espelhos.
Nascem cachoeiras tão lindas, que mais lembram
um imenso véu cortando as montanhas.
Lá vive a família de minhas amiguinhas as Corujinhas, lembram-se delas?
Sempre recebo notícias de todos que habitam esta
floresta encantada e de todos que a Gorjuss cuida.
Pois bem. Vivia lá, uma família de Joaninhas.
Mas eram as mais lindas que existem.
Elas passeavam entre a relva e entre as
flores fazendo-lhes, sempre, muito carinho.
Mas as Joaninhas são tão pequeninas...
Tem o corpinho vestido de bolinhas brancas, outras vezes pretinhas,
outras vezes vermelhas.
É que, tudo nesta floresta, é puro encanto.
Um dia, porém, um sol escaldante adentrou a floresta.
Um crepitar de fogo se ouvia e os animaizinhos ficaram em pânico.
Aquele santuário estava ameaçado.
Figuras estranhas chegaram com serras e
abatiam as árvores que tombavam, sem vida.
Os animaizinhos corriam sem direção,
assustados com aquelas cenas de completo horror.
Gorjuss acabava de chegar para sua visita habitual.
Trazia na mão, uma Joaninha totalmente assustada e indefesa.
De repente, uma labareda alcançou nossa boneca
que corria tentando proteger-se em meio a um arbusto.
Dentro de sua mão a Joaninha chorava, copiosamente.
No momento que Gorjuss abria a mão para olhá-la, o forte vento,
como uma baforada quente, a levou.
Gorjuss Chorou e eu também, choro agora.
Deus, no entanto, ouviu o bater do coração desta bonequinha humana
e ouviu as preces deste coração em sofrimento.
Oh! Senhor, o que fazem com a maravilha de tudo que criou?
Porque abatem as árvores, secam os rios e extinguem os animais?
Oh! Senhor, a Joaninha, tão bela, o que foi feito dela?
Um vento ameno sopra agora.
As folhas se levantam e descobrem a terra.
Gorjuss ouve uma súplica do ventre da terra.
Corre, com suas mãozinhas procura enquanto chora lágrimas de amargura.
Ei-la, a Joaninha, toda queimadinha, quase morta.
Gorjuss dirige mais uma prece a Deus e lhe
pede que dê àquela sua amiguinha Joaninha,
partes de seu coração.
Como reconhecimento Deus salpica, no corpo da Joaninha,
um punhado de coraçõezinhos,
no lugar das bolinhas apagadas pelo fogo.
Corações rosas, em homenagem à Gorjuss.
Meus amiguinhos, a natureza é toda linda e é preciso preservá-la.
Não podemos permitir que nossas matas sejam queimadas,
nossas árvores tombadas e que nossos rios sequem.
Assim, nossos animais não conseguirão viver,
não veremos mais a beleza das clareiras nem dos regatos cristalinos.
Preservem a natureza!
Não poluam as praias e nem os rios.
Precisamos da natureza para viver.
Deus, com certeza irá abençoar qualquer gesto de ajuda de vocês.
E nossa amiguinha a bonequinha Gorjuss será, cada vez mais feliz.
E, cada história que ela vier me contar eu
voltarei para contá-las, todas, para vocês.
Feliz Natal, Joaninha Coração!
Feliz Natal Bonequinha Gorjuss










Cida Valadares
Direitos Preservados.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O Pato






Era noite de Natal
a cozinha estava recheada
de pratos diferentes
para a ceia, logo mais.

Em nossa casa havia dois patos,
nada comportados,
bem atrevidinhos, até!

Acreditam que quando aparecia alguém
que não era da família
eles corriam atrás?
Bicavam as calças, até as pernas,
e ficavam grasnando como que
a demonstrar que não estavam satisfeitos.

De repente, foi uma confusão só.
Faltava o peru para a ceia.
Então decidiram que o pato
iria para a panela.

Mas o pato quis???
Foi toda esta confusão...
Correu, bicou, grasnou,
Deu rasteira e canseira
e na noite de Natal...
coitadinhos...dormiram cedinho.









Cida Valadares
Direitos Preservados

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Minhas Bonecas




Eu também já tive uma casinha
onde moravam todos os meus brinquedos
Camas, mesas, até cozinhas
Fizerem parte da minha infância e do seu enredo..

De todos meus brinquedos, sem dúvida
Bolas, pelúcias coloridas, bambolês
Nada impera em minha saudade úmida
E nada, jamais me fará esquecer...

Minhas bonecas...
Meu Deus, como eram lindas
Choravam falavam, até dançavam
Lembranças que eu sei, em minha vida
Jamais se irão nem nunca serão findas.

Minhas bonecas ...

Trocando roupas, umas com as outras.
Tomando banho, só de paninho.
Quase todas eram bonecas de louça
Mas tinha, ainda, a boneca só de trapinho.

A todas eu guardei num lugar especial
As mais quietas e também as mais sapecas
E, quando a saudade aperta, é no coração
Que eu entro, revejo e abraço...as minhas bonecas.











Cida Valadares
Direitos Preservados

Abelhinha




Abelhinha, abelhinha,
Em ver-te voar, eu penso
Que moras mesmo é no céu.
Pois vens voando, voando,
Para fazer o tão doce... mel.

Vejo-te, amando as flores,
e fugindo da centopeia
Que, com certeza, não quer que chegues
tão cedo à tua colmeia.

Sei, abelhinha, ligeira,
Que colocas o teu mel
em favos, doces e encantados
como floquinhos de céu.

Voa então, querida amiga,
Brilha que nem uma luz,
Há uma festa na vida
Esperando por Jesus!

Prepara tua colmeia,
o sino já vai bater
Como é bela esta festa
É Jesus que vai nascer!

Viva Jesus!!!!

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cida Valadares
Direitos Preservados
 

Gato Safado - Faffi ( Silvia Giovatto) Convidada Semana da Criança.












Que gatinho safado, gosta de bolir

com tudo que acha pela frente,

desta vez ele se danou...

Foi bulir logo na caixinha de tricô,

ficou todo enrolado nos novelos

que a vovó guardou.

Olha a cara dele...de assustado.

Eta! gato safado

se vira pra lá

se vira pra cá

mas nada da lã se soltar,

Alguém tem que ajudar esse gatinho,

coitadinho!

Vamos tentar?

pega o novelo e comece a enrolar

não dá, o gato vem junto

e agora?

está na hora da vovó chegar,

acho que ela não vai gostar

de ver seus novelos fora do lugar.

Alguém tem alguma sugestão

para tirar esse bichano

dessa tremenda confusão?

Sei não!










Obrigada,  querida Faffi, pela linda contribuição deste Gatinho Safado.
Obrigada Jô Designe pela arte com a tag.





terça-feira, 9 de novembro de 2010

Meu Cachorrinho



Bem cedo em meu quarto,
Quem vem me acordar?
É  o meu cachorrinho
Querendo brincar!

Pulando e latindo,
Prá  lá e prá  cá
Puxando as cobertas,
Lambendo meu pé
 o meu cachorrinho,
Que lindo ele é.

Levanto, depressa
E depressa me lavo
E o meu cachorrinho
Abana-me o rabo.

Amigo como este
melhor não existe
Em sua companhia,
Jamais fico triste.

Por isto eu o trato,
com todo carinho
Meu melhor amigo
É o meu cachorrinho!

Que lindo presente,
Ganhei...Afinal,
E que marcou, para sempre
Aquele Natal!












Cida Valadares
www.arte.poesia.nom.br
Direitos preservados



Cida Valadares
http://www.arte.poesia.nom.br/
Direitos Preservados.



O Vaga-Lume Apaixonado






O negrume da noite fazia fundo àquele quadro que se
descortinava aos meus olhos.
O silêncio, vestia os cri cris dos grilos e o vento trazia o perfume
da natureza que adormecera.
Aos meus olhos , saltitantes vaga-lumes se exercitavam parecendo
um  festival de lampiões ornando o espaço.
Acima de meus olhos...brilhavam as estrelas, no céu!
E eu me entregava ao espetáculo que a natureza apresentava.
Junto a mim, à  janela, minhas recordações chegavam e,  com elas,
 quantas saudades!
Meus olhos se cerravam e num impulso quase imperceptível
mergulhavam-me o peito, a tudo vasculhando e fazendo transbordar,
ora sorrisos em minha face, oras fios de saudade engolidos por um nó  seco,
 ou, simplesmente, como filetes de lágrimas timidamente vertidas.
Meu olhar procurou descansar minha saudade no céu.
Quantas saudades eu sentia dela...a minha Borboletinha Azul que se
transformou naquela estrela que me sorria, todas as noites.
A minha borboletinha azul que quebrara a asinha, lembram-se?
Agora ela morava no céu junto a tantas outras borboletas
transformadas em estrelas.
Morava em um jardim onde brincava com outras estrelas,
de todas as cores.
E ela, contou-me o Vaga-lume que gostava de visitar-me aquela
hora de solitude...
Ela, todas as noites emitia um brilho especial para aquecê-lo e fazê-lo
 lembrar de que, embora distante ela ainda o amava.
Um amor, agora alimentado somente pelo brilho e pelo olhar.
Os outros vaga-lumes , piscando na noite vinham procurar pelo amigo, tão solitário.
Mas ele, o vaga-lume da estrelinha azul era... um vaga-lume apaixonado.
O céu parecia-lhe tão longe...
Sua estrelinha somente podia aparecer em noites em que as tempestades
 não representavam nenhum perigo.
E o vaga-lume também lutava contra o vento e contra a chuva.
Que triste amor!
Eu disfarçava minha dor querendo consolar o pobre vaga-lume.
Amanhã é noite de natal, amiguinho.
- Dirija seu pensamento àquele Menininho que nasce todos os anos.
- É  por isto que Ele é sempre chamado de Menino Jesus?
Se Ele nasce todos os anos,
 Ele não cresce muito.
- Não consegui deter meu sorriso. Que ideia!
Mas... pensando bem, meu amigo vaga-lume até que tem razão.
Nosso Menino Jesus é sempre menino.
Assim Ele conserva a magia nos corações de todas as crianças.
Não pudemos encerrar nossas divagações pois o vento
cismou de soprar forte.
O pequeno Vaga-lume apaixonado acionou sua lanterna e foi-se,
voando, para sua casa.
Mas eu falei, à sua saída.
Vaga-lume... peça ao Menino Jesus para trazer sua Estrelinha amanhã.
A estrelinha azul que ouvira toda nossa conversa
sorriu-me lá das alturas.
Piscou-me o olhinho como a me dizer.
Amanhã é noite de natal. Muitas estrelas irão se juntar para iluminar,
 novamente, o lugar onde o Menino Jesus irá nascer.
Ele nascerá em muitos corações e, neste momento, eu estarei à porta do coração do meu vaga-lume.
Nossos brilhos serão inconfundíveis assim como o brilho de todos aqueles
 que fizerem de seu coração a manjedoura para o Menino nascer.
E eu fui dormir embalada pelo canto do vento e a sensação de que
amanhã, a noite nos revelaria muitas surpresas.
Acordei ouvindo o bater dos sinos anunciando que aquela noite
seria uma noite diferente.
Noite de Natal!
De repente um coro angelical canta, suavemente,
Noite Feliz...Noite Feliz...
Uma estrela cadente inunda meus olhos de uma claridade diferente.
É ela...minha borboletinha azul que se transformou em uma
estrelinha azul.
É ele... o vaga-lume apaixonado!!!
Brilham na terra para celebrar o nascimento de Jesus!
Lágrimas de felicidade saltavam-me aos olhos.
Minha estrelinha azul me sorria e, ao seu lado, eu vi o vaga-lume
 apaixonado.
Foram para o céu!!! Brilhar junto a todos os astros.
Uma grande paz envolveu-me a alma.
Um dia eu os verei, novamente.
Minha estrelinha azul e o Vaga-lume... totalmente apaixonados!
Feliz natal, Estrelinha Azul
Feliz natal, Vaga-lume apaixonado
Feliz natal, Minha Bailarina
Feliz natal, amiguinhos.
 







Cida Valadares
Direitos preservados

Nem Todas as Borboletas Eram Azuis.




Dorme, menina...dorme.

Pela janela do meu quarto ela chegou,
parecia aflita e me olhava contrita. 
Olhar suplicante...agonizante.
Peguei-a, com jeito.
Ela desfaleceu.
Ah! Não! Não pode ser...
minha borboletinha azul estava
com uma asinha quebrada.
Não deixei que se debatesse mais.
Acalentei-a com carinho
e, cochilando, ainda, entre lágrimas, perguntei:
- Para onde você vai, amiguinha, se...
- Se...eu vou para o céu.
Meus olhos e coração infantil não se contiveram.
E não voltará, jamais?
Não...Serei uma estrela.
- Uma estrela azul?
- Sim.
Nada mais ouvi depois disto.
Minha borboleta azul se foi.
Minha única borboleta que ganhei
de presente da primavera.
A única que existira, para mim, até então.
Procurei-a por dias, incessantemente.
Dias acinzentados, nublados, em que as estrelas
não apareciam.
Dias tempestuosos em que relâmpagos riscavam
o céu que nem se via mais.
Pobre borboletinha azul!
Onde terá se escondido entre
chuvas e tempestades?
Mas, .um dia o sol brilhou,
 a lua apareceu e as estrelas cintilavam,
mais do que nunca, aos olhos meus.
Voltei-os para o céu e chamei por minha borboletinha.
Quantas estrelas apareceram e como cintilavam.
Eram de todas as cores, belas!
Amarelas, vermelhas, verdes...
De repente, uma constelação azul apareceu.
Bailavam, felizes.
Estrelas meninas, adolescentes,
crianças e bebês.
E eu fiquei, fiquei feliz.
Feliz por descobrir,  por mim mesma,
que o céu é tudo de bom que nos espera.
O céu é o apogeu do sonho e da espera.
Onde reinam fadas e anjos e todas as borboletas .
Todas.

E descobri, mais ainda,
que minha borboleta não estava só.
Espécies raras a acompanhavam e se propagavam,
a cada anoitecer.


Menina, acorda.
Acorda!
Levanta, olha!
Olha no jardim uma borboleta, que bela.
É uma borboleta amarela.
Afinal, eis que surge, novamente, a primavera.
Por um momento retive meu pensamento longe.
Tomou-o a saudade...
uma saudade azul que virou estrela
e mora no céu.
Onde moram muitas outras borboletas , muitas...

E...nem todas as borboletas eram azuis!

















Cida Valadares
Direitos Preservados

O Bonequinho de Neve




A noite não demorava a cair.
Não se podia ver o céu e nem as estrelas e nem a lua.
A velha escuridão espalhou seu manto que a neve começava a pratear.
A cidade, porém, se enfeitava para viver aquela noite.
Luzes brilhavam e seus piscas-piscas contornavam nossos olhos ansiosos.
Pessoas iam e vinham carregando fartos embrulhos e, com ares festivos,
acomodavam todos estes presentes abaixo da linda árvore de natal.
No jardim, relegado a um canto, fustigado pelo vento,
chorava o Bonequinho de Neve.
Seu sorriso perdia o brilho.
O bonezinho, a neve cobria e os pequenos botões de sua roupa,
se encolhiam.
Ah! Como era triste ser apenas um boneco de neve.
As crianças, suas amiguinhas, todos os dias o remodelavam e,
com suas mãozinhas retiravam a neve que lhe cobria os olhos
e brincavam até que suas mães as chamavam
para entrar pois a neve se avolumava.
Ah! Como eu queria ser um boneco de verdade,
que a neve não derretesse nem a estação me levasse.
Queria entrar em casa de meus amiguinhos e ganhar um cantinho.
Como seria bom!
Assim eu assistiria a festa de natal
e poderia conhecer o Menino jesus.
Lágrimas desciam e congelavam na face do triste boneco.
A noite caia e aquela estrela a tudo ouvia.
Era a Estrelinha Azul ( minha borboletinha que voou, lembram-se?)
O Vaga-lume apaixonado deixava, também,
seu lume entre as estrelas enquanto passeava
pelo céu à espera do dia e da hora em que Jesus teria,
outra vez, seu aniversário comemorado.
Afinal, esta é a maior festa do mundo.
E a estrelinha azul, comovida, contou a história
do pequeno bonequinho de neve a um anjo.
Ele queria viver! Seus olhinhos
acabavam de deixar cair outra lágrima
e entre súplicas, mirava o céu e fazia sua prece.
O grande dia chegara. Todas as crianças estavam
felizes e esperavam pela hora da festa.
O bonequinho, tristonho, quase desmontado
pelo vento e a tempestade de neve,
pensara aquele poderia ser um dia diferente.
Que Jesus poderia ouvir seu lamento e
lhe permitir uma vida de verdade.
De repente, do céu desceu um anjo com uma trombeta.
Uma suave música se fazia ouvir e o bonequinho emocionado chorou.
O anjo, tocava de leve pelo seu corpo gelado.
Oh! Não...
Parece que estou me mexendo...
Meus olhos brilham e refletem as luzes.
Minhas mãos se flexionam e se unem em prece.
Jesus está nascendo de novo!
Eu... eu quero abraçá-lo, Menino Deus!
Agradecer-lhe por tudo de bom que me tem dado.
Abraçá-lo por este Bonequinho de Neve
a quem deu a vida e que me sorri,
sentado na cadeira de balanço.
Ele é o meu Bonequinho que,
todos os anos irá comemorar mais um Natal junto a mim.
Feliz Natal, Estrelinha Azul.
Feliz Natal Vaga-lume apaixonado.
Feliz natal, meu amiguinho, Bonequinho de Neve!

Feliz natal, crianças!












Cida Valadares
www.arte.poesia.nom.br
Direitos Preservados

PODEROSA - Camilla Tauil e PODEROSA - Jô Tauil ( dueto) - Camilla Tauil - Convidada especial Semana da Criança.




Sinto que sou poderosa
Posso ajudar o mundo
E ser muito forte!

Acordei de manhãzinha
Arrumei meu quartinho
Num domingo de frrrrioo!

Sentei na caminha
Pensei que Deus me fará
Sempre...sempre...sempre
Sempre poderosa

porque...
ELE ME FEZ MARAVILHOSA!


PODEROSA
Jô Tauil

Sim...és poderosa
Podes ajudar o mundo!
Seja domingo de frio
Ou qualquer dia de calor
Terás o amor do Senhor

Serás, sim
Sempre...sempre
MA RA VI LHO SA!

DEUS TE FEZ ASSIM:
PARA ELE...
PARA O PAPAI...
PARA A MAMÃE
...E PARA MIM!







Camilla Tauil é neta da grande escritora e poeta - Maria José Zanini  Tauil
Agradeço a ambas pelo carinho com que sempre acataram meus convites e pelo quanto enriqueceram as atualizações do meu site.



Visitem o site da  JÔ Tauil.

 http://www.coracao.bazar.nom.br/



segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Raiozinho de Luz - J.R.Cônsoli - Convidado Especial.


Era uma vez um pequeno raio de luz que queria porque queria conhecer a Terra Ele estava cansado de iluminar o espaço, e achava enfadonho ter que sair todos os dias iluminando a escuridão.

Pediu então à Mãe Luz, que o deixasse visitar a Terra, o planeta azul, onde teria oportunidade de refletir todos os tons da sua luminosidade. A grande Mãe pensou... Pensou... E acabou por conceder-lhe o pedido.

Ficou estabelecido que no dia seguinte, bem de manhãzinha, ele se juntaria aos demais amiguinhos que visitam a Terra todos os dias, e seria um dos primeiros a chegar ao planeta.

E lá  se foi o nosso amiguinho, cheio de alegria, na sua grande jornada. Mais ou menos 8 minutos depois, lá estava ele, iluminando uma florzinha ainda umedecida do orvalho da noite, todo embevecido com a beleza da flor, com a suavidade das suas tonalidades, com o reflexo das suas cores nas gotículas de orvalho de suas pétalas, como se mundinhos fossem, resplandecentes de luz. A florzinha assim beijada pelo pequeno raio de luz exalou um suave perfume, que o deixou embriagado de amor. Na hora de voltar pra casa, já à   noitinha, ele passou pela lua, deu uma olhada nas estrelas, e vendo a Terra distanciar-se cada vez mais, bateu-lhe uma imensa saudade da pequena flor perfumada que lá ficara.

Não... Não queria voltar, e pôs-se a chorar, acordando as últimas estrelinhas que ainda permaneciam dormindo...

Foi então que a lua, com pena do nosso amiguinho, coloriu-o suavemente de prata, e ele assim pôde voltar à Terra como raiozinho de lua e iluminar a pequena margarida, dia e noite, por muitos e muitos anos...

J.R.Cônsoli








Obrigada, J.R.Cônsoli, por sua linda colaboração.

O Regional dos Ratinhos - Jorge Linhaça - Convidado Semana da criança



Lá no fundo do porão
vou dizer o que achei
Vão dizer que é invenção!
Eu quase não acreditei.

Um quarteto de ratinhos
tocando num regional
todos bem afinadinhos
mas que coisa genial

O flautista animado
soprava o seu instrumento
o sanfoneiro lascado
não parava um só momento

Um outro tocava trompa
era grande o seu afã
o outro ninguém desaponta
soprando a flauta de Pã

Poucas vezes assisti
a tamanha empolgação
os ratinhos, bem ali,
ensaiando em meu porão.

Isto eu tinha de contar
não podia esconder
os ratinhos a tocar
e eu aqui a escrever.

"Entrou por uma porta
saiu pela outra
Quem souber
que conte outra"

domingo, 7 de novembro de 2010

O Ovinho Diferente - Jorge Linhaça - Convidado Semana da Criança



Numa caixinha de ovos
veio um meio diferente
ele tinha outros modos
daqueles de toda a gente

Tinha outra aparência
e um jeitinho todo seu
Tinha sua inteligência
Tal e qual foi Deus quem deu

Os outros ovos da caixa
não gostavam do ovinho
- Aqui você não se encaixa!
-Tu nasceste em, outro ninho!

Mas o ovo diferente
não se deixou abater
era muito persistente
e buscava o saber

O tempo foi se passando
e o ovinho evoluindo
os outros foram ficando
pelo caminho , sumindo

Até fez alguns amigos
que não viam só a casca,
andaram junto consigo
em tempos bons e borrascas

E foi assim que o ovinho
cresceu lindo e serelepe
enquanto aqueles vizinhos
acabaram num omelete.

Arandu, 21 de julho de 2009



Obrigada, Jorge linhaça por sua contribuição  - Semana da Criança 2009
Direitos Preservados

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Passarinho






Vendo-te assim, tão matreiro,
cantando o ano inteiro,
para a todos alegrar.
Pulando de galho em galho,
nada te desatina, nem desafina o teu cantar.
Sei que teu canto é um trino,
que te faz assim, tão menino,
voando, prá lá e pra cá.

Mas passarinho menino...
Um dia há, no presente,
que solidão é o que sentes
E no teu triste cantar...
Procuras tua menina,
A passarinha com quem sonhas
Em tua casa morar.

E ai, meus amiguinhos.
A natureza que é linda
Faz junto com os passarinhos,
uma casinha e um ninho,
pro passarinho casar.

E a passarinha, bem gordinha
trata logo de botar os ovinhos
Todos tão coloridinhos...
E fica, no ninho a chocar.
E um dia, então, que surpreza!
Nascem com toda beleza
Passarinhos prá cantar.
Lembrando que a vida é uma festa
Nos jardins e nas florestas.
E que as aves nos sabem amar.

Lembrem-se pois, meus amiguinhos,
Que as aves são os carinhos de
Deus a nos olhar.
Não prendam os passarinhos,
deixe-os sempre nos ninhos,
e deixe-os também voar.
Eles são feito carinhos
Que Deus, com muito jeitinho...
Descansa em nosso olhar.




Cida Valadares
Direitos Preservados